segunda-feira, 14 de março de 2011

foi o empurrão que faltava para a criação de um post sobre o melhor show de todos os tempos: Elvis Presley - Aloha From Hawaii, em 14 de junho 1973.
O show foi visto por nada menos que 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo, batendo o recorde anterior que era justamente a chegada do homem à Lua.
Mas quem é Neil Armstrong perto do Rei?
A versão oficial conta que o motivo do projeto era reerguer o Rei, mergulhado em problemas pessoas e de saúde. Contudo, a paranóia comunista acusou o governo americano de propaganda patriótica. Um dos indícios seria a águia - tradicional símbolo americano - presente em vários pontos da roupa do cantor da roupa do cantor (vejain loco). Anos depois os soviéticos, na data da morte de Elvis, manchetaram em letras garrafais: "Morre a máquina americana de fazer dinheiro".
Voltamos ao Hawaii. Elvis chegou a emagrecer 10kg para o evento. Por um acaso, a imagem do Rei nesta apresentação é a que ficou imortalizada. Cabelo perfeitamente bagunçado, lenços em volta do pescoço e o famoso macacão branco conhecido comoAloha Eagle.
Ele demonstra um certo cuidado nos movimentos durante o show, comportamento bastante diferente se comparado ao do "Elvis on Tour". Na época, jornalistas (ô raça) levantaram a hipótese de que Elvis estava tenso. Outros afirmam que o Coronel Tom Parke, lendário empresário do artista, havia pedido para ele não exagerar no palco.
Elvis se apresentou duas vezes. Preocupados com uma possível falha técnica, produtores gravaram o show da noite anterior. Assim, em caso de emergência, a fita seria acionada no lugar da transmissão ao vivo. Não foi necessário. O show correu tranquilamente, com Elvis exibindo um refinado repertório de clássicos que ia de Beatles a Frank Sinatra.
setlist do show foi o seguinte: "Steamroller Blues", "See See Rider", "Early Morning Rain", "Burning Love", "Blue Suede Shoes", "A Big Hunk o' Love", "Suspicious Minds", "Can't Help Falling in Love", "Something", "Can't Help Falling in Love", "I'm So Lonesome I Could Cry", "It's Over", "Welcome to my World", "I'll Remember You", "What Now My Love" e "An American Trilogy".
O show foi um estrondoso sucesso nos Estados Unidos, tendo recebido o seguinte comentário no editorial do The New York Times"Elvis superou sua própria lenda!". No Brasil, foi ao ar novamente em abril do ano seguinte, 1974, com grande êxito. O álbum duplo, inaugural do sistema "quadrafônico", uma espécie de ancestral do home theater, foi imediatamente colocado no mercado, atingindo o marco de 1 milhão de cópias vendidas.
Em 16 de agosto de 1977 Elvis voltou para seu planeta. Estima-se que o Rei já tenha vendido mais de 2 bilhões de cópias, recorde absoluto. Mais do que número, Elvis deixou uma influência sem dimensões para a música. Foi o artista popular mais a frente do seu tempo, inserido em uma engrenagem sócio-histórica-cultural bastante complexa.
Elvis foi o maior. Ou como diz o encarte do especial Elv1s - 30# HITS:
Antes que alguém fizesse algo, Elvis fez tudo.
"Há duas coisas que eu gostaria de ter feito na vida: ter escrito Alice no País das Maravilhas e ter sido maior do que Elvis Presley"Jonh Lennon - 1977.
Fred Fagundes

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